Nesta segunda-feira (30), a Polícia Civil de Roraima busca Telmário Mota, ex-senador da República por oito anos, sob suspeita de ordenar o assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. Antônia era mãe de uma das filhas de Telmário, que anteriormente o acusou de estupro.
Nascido em Normandia, ao Norte de Roraima, Telmário, atualmente com 65 anos, iniciou sua carreira política em 2007 na Câmara Municipal de Boa Vista, após ficar como primeiro suplente na eleição municipal de 2004. Em 2014, foi eleito senador, vencendo outros quatro candidatos e tornando-se conhecido por suas críticas veementes ao então senador Romero Jucá (MDB). Em 2018, Telmário concorreu ao governo de Roraima pelo PTB, mas não obteve sucesso.
Com formação em economia e contabilidade, ao longo de sua carreira, Telmário não deixou de se envolver em polêmicas. Em 2016, enquanto exercia o mandato de senador, foi associado a rinhas de galo. Acusado de participar de um evento de briga de galo em 2005, antes de ser parlamentar, ele foi posteriormente absolvido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua defesa, Mota afirmou que estava em uma chácara para um aniversário quando a polícia descobriu a rinha, negando sua participação.
Outro momento que chamou a atenção foi em 2017, quando um discurso de Telmário no Plenário do Senado ganhou destaque nas redes sociais. Na ocasião, ele endossou uma teoria da conspiração que alegava a colisão iminente de um planeta, chamado “Nibirú”, com a Terra. Segundo o ex-senador, ele havia recebido informações da Agência Espacial Americana (Nasa) sobre o suposto evento catastrófico e chegou a solicitar um estudo de seus assessores sobre o assunto. Contudo, a teoria foi desmentida.
A trajetória política de Telmário é marcada tanto por sua atuação legislativa quanto pelas controvérsias que o cercam.