Ação do GAEVI-MDH visa identificar necessidades de refugiados venezuelanos em situação de vulnerabilidade no bairro Pintolândia
O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Vítimas, Minorias e Direitos Humanos (GAEVI-MDH), realizou na última terça-feira (8), uma visita técnica ao abrigo improvisado ocupado por indígenas da etnia Warao, localizado no bairro Pintolândia, zona Oeste de Boa Vista.
A diligência foi coordenada pelo promotor de Justiça André Paulo dos Santos Pereira e pela promotora Lucimara Campaner, com o objetivo de verificar as condições de vida dos imigrantes e refugiados venezuelanos que permanecem no local, além de identificar as principais carências enfrentadas por essa população.
Durante a visita, os representantes do Ministério Público se reuniram com lideranças da comunidade, que relataram diversas dificuldades. Atualmente, mais de 400 pessoas vivem na área, quase metade delas crianças — muitas já nascidas no próprio abrigo — em situação extrema de vulnerabilidade social.
O local foi anteriormente administrado pela Operação Acolhida entre 2016 e 2022, mas teve suas atividades descontinuadas devido a problemas estruturais como falta de saneamento, alagamentos frequentes e falhas nas instalações hidráulicas e elétricas. Após o encerramento da gestão oficial, parte dos indígenas optou por permanecer no abrigo, transformando-o em uma ocupação espontânea.



De acordo com o promotor André Paulo, todas as informações colhidas durante a ação servirão de base para um relatório que será encaminhado aos órgãos competentes para providências.
— Estamos acompanhando de perto a situação e queremos somar esforços com outros órgãos públicos para buscar alternativas que garantam os direitos e a dignidade dessa comunidade — afirmou.
O Ministério Público reforça o compromisso de continuar monitorando o caso e atuando de forma articulada com demais instituições para promover soluções efetivas para a população indígena refugiada.