Neste mês, marcado pela campanha “Novembro Azul”, o foco vai além da conscientização sobre o câncer de próstata e abrange também a luta contra o diabetes. No Brasil, essa iniciativa é conhecida como “Diabetes Novembro Azul” e coincide com o Dia Mundial do Diabetes, celebrado hoje (14), contando com a contribuição da ALE-RR para esse movimento de conscientização.
A Lei nº 1.367/2019, por exemplo, criou a Semana de Prevenção e Combate ao Diabetes nas escolas públicas, visando conscientizar e educar crianças e adolescentes sobre a condição, incentivando o diagnóstico precoce e o entendimento do diabetes desde cedo.
Em 2024, três novas leis foram instituídas, ampliando a rede de proteção para portadores de diabetes. A Lei nº 1.928/2024 estabelece o Estatuto do Portador de Diabetes, consolidando os direitos e diretrizes de atendimento no Estado. Complementando essa iniciativa, a Lei nº 1.929/2024 determina a validade contínua do laudo médico que diagnostica Diabetes Mellitus tipo 1, simplificando o acesso aos serviços de saúde e dispensando renovações constantes do documento.
Outra medida importante é a Lei nº 2.011/2024, que garante atendimento prioritário a pessoas com diabetes em estabelecimentos de saúde. A Lei nº 2.066/2024 também se destaca ao instituir a Política de Prevenção ao Pé Diabético, visando reduzir amputações relacionadas à condição e promover cuidados integrais aos portadores.
Para o presidente da ALE-RR, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), essas leis refletem o compromisso do Parlamento com a saúde da população.
“Essas iniciativas representam cuidado e respeito aos roraimenses que convivem com o diabetes, oferecendo um suporte real a essas pessoas e suas famílias. A Assembleia Legislativa mantém o compromisso com o bem-estar de todos, especialmente daqueles que necessitam de atenção especial na área da saúde”, pontuou o parlamentar.
A assistente social Anedite Porto, de 60 anos, conhece bem a importância de enfrentar o diabetes. Diagnosticada aos 51 anos, ela já apresentava sinais da condição antes do diagnóstico.
Presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio: “Seguimos comprometidos em trabalhar pelo bem-estar de todos, especialmente dos que precisam de uma atenção especial em saúde”
“Sempre tive uma vida corrida e, por isso, não dei atenção à minha saúde. Recebi o primeiro alerta quando me tornei pré-diabética, mas mesmo assim não consegui manter uma rotina saudável com dieta e atividade física”, relatou Anedite.
Com o agravamento da condição, ela precisou adotar novos hábitos, incluindo uma dieta com baixa ingestão de carboidratos e prática frequente de exercícios, que resultaram em melhorias significativas para sua saúde.
Anedite Porto passou a ter hábitos mais saudáveis para combater a diabetes
“Percebi que minha qualidade de vida melhorou muito desde que adotei uma rotina saudável. Hoje, tenho horários regulares para as refeições e faço atividade física diária, como caminhadas, o que melhorou bastante minha saúde”, destacou.
O que é diabetes?
O diabetes é uma doença sem cura, mas com tratamento. Ela é caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) e ocorre devido a problemas na produção ou no uso da insulina, hormônio que regula a entrada de glicose nas células para produção de energia.
A médica clínica geral Chayen Henar explica que a doença se manifesta principalmente em duas formas: diabetes tipo 1, em que o organismo praticamente não produz insulina, sendo geralmente diagnosticada na infância ou adolescência; e diabetes tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos e se desenvolve principalmente em adultos.
Além da genética, existem fatores de risco para o diabetes, como obesidade, dieta rica em gorduras e sedentarismo. Esses elementos contribuem para o desenvolvimento da doença. O diabetes tipo 2 geralmente está associado a outras condições, como hipertensão e colesterol alto, aumentando o risco. Identificar esses fatores permite um rastreamento mais eficaz”, explicou a Dra Chayen Henar.
Se não controlado, o diabetes pode levar a complicações graves, comprometendo órgãos como rins, olhos, coração e nervos. “O tratamento envolve monitoramento dos níveis de glicose, alimentação saudável, prática de atividades físicas e, em alguns casos, medicamentos ou insulina”,
Fonte: ALE-RR