Câmara aprova projeto sobre utilização consciente da tecnologia digital

TRANSPARÊNCIA
Comissão de Viação, Transportes e Obras da ALE-RR faz visita técnica em obras do Parque Anauá
COMÉRCIO CONSCIENTE
Procon Assembleia promove ação no Dia dos Namorados
REGULAR E ALTERNATIVO
ALE-RR debate criação de agência reguladora para organizar transporte intermunicipal
INTERMUNICIPAL
‘Teremos diálogos para encontrar solução’, afirmam deputados sobre regularização de transporte em Roraima

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria uma campanha nacional sobre a utilização consciente da tecnologia digital, inclusive jogos eletrônicos e rede social. O texto foi aprovado em Plenário nesta quarta-feira (28) e será enviado ao Senado.

De autoria do deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), o Projeto de Lei 3224/24 foi aprovado com redação elaborada pela relatora, deputada Duda Salabert (PDT-MG). O texto prevê a realização de campanha anual em todo mês de abril. Além das redes e dos jogos, o tema abrangerá a utilização de aplicações de internet, conteúdos audiovisuais e programas computacionais.

Durante a Campanha Nacional de Utilização Consciente da Tecnologia Digital, o órgão competente do Poder Executivo deverá realizar ou incentivar ações e atividades de conscientização nas instituições de ensino, de saúde, de comunicação e de proteção à criança e ao adolescente.

O objetivo é partilhar informações sobre o uso responsável e moderado da tecnologia digital e sobre os riscos potenciais do seu uso excessivo na saúde mental, física e emocional dos indivíduos.

Segundo a relatora, a vida das crianças e de suas famílias pode ser afetada de diversos modos caso não estejam preparadas para lidar com as consequências indesejáveis da tecnologia. “Apenas por meio do esclarecimento as famílias e as pessoas poderão elaborar estratégias adequadas a seu modo de vida e às suas necessidades”, disse Duda Salabert.

A relatora retirou trechos do texto sobre aplicação de sanções. “Por se tratarem de regras sobre a publicidade de produtos ou serviços, o Código de Defesa do Consumidor permanece o instrumento legal adequado para tratar os casos de descumprimento”, afirmou.

Duda Salabert ressaltou que as crianças estão cada vez mais expostas a telas, jogos on-line e redes sociais. “O projeto cria parâmetros para campanha de conscientização sobre o bom uso das redes sociais e das telas”, disse.

O projeto foi inspirado nas campanhas antitabagismo da década de 1980, segundo o autor, deputado Dorinaldo Malafaia. “Agora, com essa epidemia de casos de uso excessivo de telas, de crianças que não têm relações sociais, é fundamental que o Estado tenha uma normatização, e este projeto aponta para isso”, declarou.

Propaganda
Em relação aos agentes econômicos, o projeto modifica o Código de Defesa do Consumidor para determinar que a publicidade relativa a jogos eletrônicos, aplicações de internet e dispositivos eletrônicos destinados predominantemente ao consumo de conteúdos audiovisuais deverá conter:

* classificação etária indicativa e advertência, na forma de frases usadas sequencialmente e de forma simultânea ou rotativa;
* informação sobre funcionalidades de controle parental ou de supervisão, se disponíveis para o produto ou serviço.

As frases formatadas pelo órgão federal competente deverão alertar sobre:

* riscos potenciais do uso excessivo do produto ou serviço por crianças e adolescentes, sempre que não for destinado exclusivamente a pessoas maiores de 18 anos;
* riscos potenciais do uso do produto ou serviço por crianças e adolescentes, sempre que destinado exclusivamente a pessoas maiores de 18 anos.

Normas complementares
Por meio de destaque da oposição aprovado em Plenário, os parlamentares retiraram do texto a permissão para que o governo federal pudesse editar normas complementares com requisitos de publicidade específicos em função do segmento de mercado, da faixa etária a que se destinasse, da natureza do suporte ou da mídia, da natureza do produto ou serviço ou em função de outras características.

Descrição e embalagens
Quando disponíveis em lojas virtuais, marketplaces ou ambientes digitais, os aplicativos, jogos eletrônicos e aplicações de internet deverão conter, de forma clara e acessível, as informações sobre os riscos e sobre a disponibilidade de controle parental.

Já as embalagens dos dispositivos eletrônicos e dos jogos, exceto aqueles destinados exclusivamente à exportação, deverão conter as frases de advertência sobre riscos. Isso envolve desde smartphones, computadores, tablets e equipamentos similares de tecnologia digital até videogames e jogos eletrônicos.

As frases deverão constar ainda em pôsteres, painéis, cartazes, jornais, revistas e demais meios de divulgação física.

Debate em Plenário
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que a proposta quer estabelecer uma consciência coletiva de uso adequado das telas e redes sociais.

Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) destacou que os crimes na internet deixam um rastro de vítimas que não podem ser negligenciadas.

Na opinião de deputados da oposição, porém, o projeto busca defender a regulação das redes sociais. “O que chamam de campanha de conscientização nada mais é do que utilizar o dinheiro público para bombardear o cidadão brasileiro, em especial os jovens, com doutrinação ideológica”, disse o deputado Marcos Pollon (PL-MS).

Essa é a mesma avaliação do deputado Gustavo Gayer (PL-GO). “A estratégia é muito clara, usar de projetos com bandeiras como uso da consciência e responsabilidade, mas é mais um passo à censura”, declarou o parlamentar.

Em resposta, o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) afirmou que o texto não traz nada sobre regulação das redes ou de inteligência artificial nem censura. “Todos temos de estar preocupados com o uso excessivo de tela das crianças”, defendeu.

Para o deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS), quem deve cuidar dos filhos são os pais. “Eles precisam ser instruídos, mas não regulamentados com o governo”, afirmou.

O deputado Mario Frias (PL-SP) também falou que o Estado não pode substituir a responsabilidade dos pais.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) ressaltou, no entanto, que a proposta viabiliza às famílias a possibilidade de fazer o controle parental. “Tenhamos as famílias com condições de fazer o controle e assegurar a proteção de seus filhos e filhas”, disse.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei [https://www.camara.leg.br/noticias/573454-SAIBA-MAIS-SOBRE-A-TRAMITACAO-DE-PROJETOS-DE-LEI]

Fonte e imagens: CÂMARA DOS DEPUTADOS DA AGÊNCIA CAMARA– Leia a matéria completa aqui

Está gostando do conteúdo ? Compartilhe!

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Telegram
Email
Print

Confira mais ...

Comissão aprova garantia de emprego para convocados ao serviço militar durante contrato de experiência
Drones do tráfico de drogas afetam 21 voos no aeroporto de Guarulhos
FORMATURA: Governador nomeia mais 28 aprovados no concurso público da Polícia Civil de Roraima
TRANSPARÊNCIA
Comissão de Viação, Transportes e Obras da ALE-RR faz visita técnica em obras do Parque Anauá
Governador nomeia mais 28 aprovados no concurso público da Polícia Civil de Roraima
SUSPEITO DE ESTELIONATO: Polícia Civil deflagra operação em escritório e duas residências de advogado
Governo paga salário de junho e primeira parcela do décimo terceiro dos servidores no próximo dia 26
Comissão aprova medidas para incluir donas de casa no mercado de trabalho