A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (6), a Operação Hipóxia, com o objetivo de investigar a suspeita de superfaturamento na execução de um contrato para a prestação de serviços de recarga de oxigênio ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
De acordo com as informações obtidas pela PF, há indícios de direcionamento no processo de licitação, bem como a existência de notas fiscais fraudulentas. As investigações apontam para a possibilidade de que cerca de 89,89% do valor pago à empresa vencedora não tenha sido efetivamente utilizado para a aquisição de oxigênio destinado ao órgão indigenista.
A Operação Hipóxia está sendo conduzida com a realização de 10 mandados de busca e apreensão na cidade de Boa Vista, tendo sido expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal em Roraima.
É importante destacar que esta operação está sendo realizada em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), consolidando um esforço conjunto para apurar e combater possíveis irregularidades nesta contratação.
As investigações tiveram início a partir de uma denúncia recebida pelo MPF, e, com o apoio da CGU, foram identificadas diversas irregularidades relacionadas à contratação dos serviços de recarga de oxigênio destinados à comunidade Yanomami.
Este desdobramento reforça o compromisso das autoridades em garantir a transparência e a lisura nos processos de contratação pública, especialmente quando se trata de serviços essenciais para comunidades vulneráveis, como a dos Yanomami. A Operação Hipóxia visa assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de forma adequada e em benefício daqueles que mais necessitam.