O curta-metragem Rabiola, dirigido e produzido pelo cineasta Thiago Briglia, foi eleito o Melhor Filme pelo público do festival. Além disso, recebeu do júri oficial o prêmio de Melhor Roteiro, feito que o diretor partilha com o também roteirista Elder Torres e o prêmio de Melhor Atuação para a atriz Ixemar Camacho, pela personagem Isabel.
O Festival Olhar do Norte é um dos principais festivais da região por contemplar a diversidade do cinema produzido em todos os cantos da Amazônia. “Eles têm uma curadoria muito conectada com tudo o que está acontecendo de mais interessante e autêntico na produção audiovisual nortista. Exibir o nosso filme na telona para a plateia presente no Teatro Amazonas nos empolgou muito, ganhar 3 prêmios nos deixou eufóricos”, ressalta o diretor.
“O nosso curta aborda questões importantes da nossa realidade atual e estes prêmios irão dar mais visibilidade para essa história e também para o nosso cinema aqui no extremo norte”, disse Briglia.
O jornalista e crítico de cinema Caio Pimenta do Portal Cineset, destacou os méritos do curta em sua crítica sobre o filme. “Através da universalidade de seus temas e, ao mesmo tempo, falar de males tão enraizados da nossa história, ‘Rabiola’ cativa de forma hábil, inteligente e sensível o público. Um pequeno tesouro roraimense.”
A atriz venezuelana Ixemar Camacho, vencedora na categoria Melhor Atuação, também destaca os sentimentos pelo filme. “Minha atuação no curta Rabiola, além de ser uma janela para mostrar o meu profissionalismo como atriz, representa para mim ser embaixadora das lutas dos vulnerados, dos imigrantes e da valia das lutas dos venezuelanos no mundo”, disse.
‘Rabiola’ conta a história de Bernardo (Caíque Cordeiro), um garoto brasileiro, Jeferson (Abrahan Melendez) e Joisiris (Bianca Gonzalo), duas crianças venezuelanas, que travam uma batalha no céu para ver quem derruba o papagaio de quem. Quando isso acontece, uma nova disputa começa.
O cinema roraimense também esteve representado na Seleção Oficial pelo curta-metragem Nome Sujo, dirigido por Artur Roraimana, que despertou interesse do público e da crítica. “Nome Sujo coloca-se como uma crônica do que é crescer e chegar ao mercado de trabalho desalentador e ver um país de portas fechadas para estes jovens adultos e seus sonhos, especialmente, se você é LGBTQIA+”, disse o portal Cineset.
“A experiência de participar do festival foi muito gratificante. Além de poder assistir nossos filmes no Teatro Amazonas, que por si só já é uma experiência incrível e desejada por muitos, tivemos também a oportunidade de participar de debates e oficinas na nossa área”, ressaltou Artur Roraimana.