No dia 11 de janeiro, a China anunciou a iniciativa para construir uma instalação que vai simular um ambiente de baixa gravidade, como a Lua. A ideia do projeto, considerado o primeiro do mundo, é permitir que os pesquisadores chineses estudem as atividades de exploração lunar.
A instalação de pesquisa simula um ambiente de baixa gravidade usando sustentação por um campo magnético, com uma mini lua de 60 cm de diâmetro composta por pequenas rochas e areia, segundo informações do jornal South China Morning Post, de Hong Kong.
Quando o campo está forte o suficiente, é possível magnetizar e levitar diversas coisas — eles já fizeram testes com uma castanha e até um sapo vivo.
Em direção à Lua até 2030
De acordo com o cientista-chefe do projeto, Li Ruilin, da Universidade de Mineração e Tecnologia da China, o simulador lunar é o primeiro do mundo a atingir esse nível. Apesar de a gravidade ser reduzida em quedas livres, é um efeito momentâneo, já o simulador será capaz de manter esse efeito sem um tempo determinado para desligá-lo.
A ideia foi emprestada do físico russo Andre Geim, que ganhou um Prêmio Nobel após levitar um sapo usando ímãs — posteriormente, ele também ganhou outro Nobel por seus estudos em grafeno. Inclusive, Geim revelou que está satisfeito que seu experimento esteja ajudando a pesquisa espacial.
“A levitação magnética certamente não é o mesmo que a antigravidade, mas há uma variedade de situações em que imitar a microgravidade por campos magnéticos pode ser inestimável para esperar o inesperado na pesquisa espacial”, disse o físico russo.
Apesar de os Estados Unidos liderarem a nova corrida espacial, a China está trabalhando fortemente com o seu programa de exploração lunar para alcançar o país americano. Em 2019, os cientistas chineses pousaram um rover na Lua e, em 2020, trouxeram amostras recolhidas no satélite natural. Até 2030, a China prevê enviar astronautas para a Lua e desenvolver uma base lunar com a Rússia.
Fonte: Tecmundo