Fernando Takao Marisihiqui Filho, 23 anos, permanece detido após a morte da fisiculturista Ariane Real da Silva e de sua amiga, Layse Sampaio da Conceição, em um acidente na Avenida Ville Roy, Boa Vista. Sua prisão preventiva foi reafirmada em uma audiência de custódia realizada no domingo (29).
O juiz Renato Albuquerque, que presidiu a sessão, decidiu alterar a acusação contra Fernando de homicídio culposo para homicídio com dolo eventual, reconhecendo que houve risco assumido de causar a morte. O Ministério Público solicitou esta mudança, baseando-se nas circunstâncias do acidente, especialmente no fato de Fernando estar embriagado e em alta velocidade.
Em seu depoimento, Fernando confirmou à Polícia Militar que havia bebido antes do acidente e estava dirigindo entre 100 km/h a 120 km/h. Dadas essas condições, o juiz Albuquerque viu como justificada a mudança na tipificação penal e a manutenção da prisão preventiva.
A equipe de defesa de Fernando está analisando a decisão e considerando os próximos passos legais. Em comunicado, destacaram o princípio da fundamentação das decisões judiciais e o valor da liberdade como direito primordial.
O acidente, capturado por câmeras de vigilância, ocorreu na madrugada de sábado (28), às 5h02. Ariane e Layse, estavam no Celta quando foram surpreendidas pelo Camaro em alta velocidade dirigido por Fernando. Ariane não sobreviveu ao impacto e Layse, após ser levada ao Hospital Geral de Roraima em estado crítico, também faleceu.