Prevenção e acolhimento: Roraima reforça combate ao alcoolismo com ações de apoio e conscientização

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Boa Vista (RR) – De 1º a 7 de setembro, Roraima realiza a Semana Estadual de Combate e Prevenção ao Alcoolismo, instituída pela Lei nº 996/2015, com o objetivo de alertar sobre os riscos do consumo abusivo de álcool e ampliar a rede de apoio para dependentes. A iniciativa, liderada pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), vai além da conscientização e inclui ações de acolhimento para quem busca recomeçar.

Criado em 2016, o Centro Reflexivo Reconstruir, ligado à Secretaria Especial da Mulher da ALERR, oferece palestras e atendimentos voltados à ressocialização de homens agressores — muitos deles em situação de dependência química, incluindo o álcool.
“Esse é um trabalho que exige união entre poder público e sociedade. Juntos, podemos construir um ambiente mais saudável e humano em Roraima”, destacou o presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos).

Segundo o coordenador do centro, Jadiel Ribeiro, parte dos participantes relaciona o consumo abusivo de álcool a episódios de violência doméstica.
“Buscamos promover a conscientização para que reconheçam a necessidade de mudança. Esse processo beneficia não só o homem, mas toda a família, principalmente quando há crianças envolvidas”, explicou.

Interessados em participar das reuniões podem procurar a sede do centro, na avenida Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida, ou entrar em contato pelo WhatsApp (95) 98402-0502 ou pelo e-mail centroreflexivoreconstruir@gmail.com.


Alcoolismo: quando o consumo se torna doença

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o alcoolismo é uma doença caracterizada pela perda de controle sobre o consumo. O psiquiatra Kimã Meira explica que, além da necessidade de doses cada vez maiores, o dependente passa a reorganizar a vida em função da bebida.
“É quando a pessoa não consegue parar de beber sozinha. Muitas vezes, ela acredita que tem controle, mas a dependência já está instalada”, afirmou o médico, que atua no Caps AD III, em Boa Vista, onde 147 pacientes estão em tratamento.

Meira destaca sinais de alerta, como falhas em compromissos pessoais ou profissionais, alterações físicas e emocionais quando a pessoa está sem álcool, e até o consumo matinal para conter tremores.
“O primeiro passo é reconhecer o problema e buscar ajuda. Existem locais preparados para acolher e tratar essa dependência”, reforçou.


História de superação

Um dos pacientes, que prefere ser identificado apenas como João, relatou ter iniciado o consumo ainda jovem. Trabalhando em um bar, o fácil acesso à bebida agravou o problema, afetando casamento, convivência familiar e carreira profissional.
“Já não era mais diversão. Era para esconder o que sentia por dentro”, contou.

Após uma tentativa de recuperação em 2020, João voltou a beber acreditando que poderia controlar o consumo, até que uma demissão recente o fez procurar ajuda novamente.
“Uma pessoa alcoólatra não pode beber socialmente. Se você está passando por isso, procure ajuda. Há tempo para tudo, menos para a morte”, alertou.


Apoio voluntário

Além do suporte público, o trabalho dos Alcoólicos Anônimos (A.A.) se mantém há quase cinco décadas em Roraima. O Escritório Local de Alcoólicos Anônimos (ESLRR) coordena oito grupos no estado — seis em Boa Vista e dois no interior, nos municípios de Caroebe e Cantá.

As reuniões, gratuitas e diárias, são conduzidas por membros em recuperação.
“Não diagnosticamos ninguém. Cada pessoa faz sua autoavaliação. Mostramos, pelo exemplo, que é possível transformar a vida e reconstruir lares”, explicou um representante do grupo.

Interessados podem procurar o escritório, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, na rua Parimé Brasil, nº 1121, bairro São Vicente, ou obter informações pelo telefone (95) 99169-2519.


Lei completa 10 anos

A lei que instituiu a semana de conscientização, de autoria da deputada Aurelina Medeiros (Progressistas), completa 10 anos em 2025. Para a parlamentar, o objetivo é reforçar a prevenção e diminuir a violência.
“Todo ser humano tem direito a viver sem violência e com saúde física e mental”, ressaltou.

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